O presidente da Câmara de São Luís, Francisco Chaguinhas (Podemos), anunciou, em entrevista à Rádio 92 FM, na noite desta quinta-feira (09), instalação de um auditório para as comissões permanentes da Casa e a implantação de um museu da imagem e do som para mostrar a história quatrocentenária do legislativo ludovicense, que é o quarto mais antigo do país. Os novos investimentos vão se somar às ações iniciadas pelo presidente licenciado Paulo Victor (PCdoB).
No caso do museu, segundo Chaguinhas, será uma iniciativa que contará com apoio do jornalista, apresentador e radialista José Raimundo Rodrigues, que atuou como superintendente de comunicação da Câmara no biênio 2013-2014, durante a gestão do ex-presidente Isaias Pereirinha.
“Vamos preparar um auditório para ampliar o trabalho das comissões e estamos trabalhamos um museu da imagem e do som para mostrar um pouco da história da Câmara. Conversei com o José Raimundo Rodrigues sobre um documentário, desde a época da Lia Varella. Na terça-feira, vamos conversar para saber como a Casa pode adquirir esse material para abrigar o acervo do Legislativo”, declarou.
Dividendos com o porto
Durante o bate-papo veiculado no programa ‘Ponto Continuando’, apresentado pelos jornalistas Glaucio Ericeira, Rogério Silva e Clodoaldo Corrêa, o parlamentar também falou da luta pela compensação financeira por conta do impacto da zona portuária na capital maranhense, formada pelo Porto do Itaqui e os terminais privados da Vale e da Alumar.
“Essa questão dos dividendos com o porto é uma causa que já vem sendo levantada na Câmara pelos vereadores Álvaro Pires e Karla Sarney, mas voltou ao debate por conta do Plano Diretor. Eu disse recentemente numa entrevista que a capital maranhense precisa deixar de produzir poluição e pobreza, inclusive, citando as cidades de Santos e Itajaí que respiram seus portos com benefícios”, frisou.
Relacionamento com Braide
Questionado sobre como seria o relacionamento da Câmara com o prefeito Eduardo Braide (PSD) em sua gestão na Casa, Chaguinhas afirmou que a intenção é manter um diálogo institucional. Segundo ele, a frieza e autossuficiência do Executivo fez o Legislativo adotar uma posição mais independente.
“Nossa intenção é buscar uma conversa institucional, pois ao longo destes dois anos, observamos a frieza do Executivo com o Legislativo. Ou seja, o Executivo se sente auto suficiente, anulando sempre o Legislativo. Essa frieza e autossuficiência fez com que o Legislativo se colocasse em sua posição”, afirmou.
Não vai buscar a reeleição?
Em sua participação, o presidente interino da Câmara também fez abordagens sobre o Plano Diretor, destacou a parceria da Casa com o governador Carlos Brandão e respondeu questionamentos sobre o futuro político, dando a entender que não vai buscar o quinto mandato no próximo ano. “O bom nadador é aquele que sabe a hora de parar”, concluiu Chaguinhas.