PIO XII, 24 de outubro de 2023 – A população do pequeno município de Pio XII, distante cerca de 270 quilômetros de São Luís, ainda está abalada com o assassinato brutal do professor de biologia Pedro Lopes de Oliveira Filho ocorrido na noite de segunda-feira, 23 de outubro.
A vítima comemorava o aniversário de 37 anos no prédio da AABB de Pio XII, quando foi surpreendida por dois homens armados que invadiram o clube e atiraram contra ela.
Moradores da pequena cidade do interior do Maranhão se perguntam o que teria motivado tamanha violência, afinal, o professor era muito querido na cidade.
Mas, como qualquer mortal, Pedro alimentou alguns desafetos.
A Polícia Civil investiga o caso e não há muitas informações oficiais a respeito das hipóteses levantadas neste primeiro momento.
Apesar de tratar-se de tema delicado, especialmente para parentes e amigos, acredita-se que a autoridade policial responsável pelo caso não descarta a relação com casos pretéritos que culminaram em processos criminais envolvendo o professor, conforme pesquisa junto ao Sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) do 1º Grau.
De acordo com o levantamento, Pedro Filho foi condenado a 2 anos e 6 meses pela prática de crime sexual contra adolescente; foi condenado a 7 anos e 11 meses por uso indevido de recursos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), período no qual presidiu o órgão e figurava ainda como réu em ações penais em tramitação ligadas a outras práticas ilícitas como calúnia e difamação, por exemplo.
O trabalho de investigação da Polícia Civil não será fácil.
Fala-se, por exemplo, em acerto de contas, vingança ou pura maldade do ser humano. Os comentários são muitos em Pio XII, mas não é possível afirmar se o assassinato tem alguma relação com os casos quem tramitam no judiciário ou aqueles que foram alvos de inquérito policial.
A repercussão na cidade é perfeitamente aceitável considerando o choque vivido pelos moradores. No entanto, repito, é preciso deixar claro que não há elementos de conhecimento público que leve a presumir tais ligações. Como também não há em relação aos antecedentes criminais da vítima.
O que se tem, entretanto, são meras hipóteses e cabe à autoridade policial, ao longo desta fase de inquérito, identificar os autores dessa atrocidade, a motivação e as circunstâncias do crime.
Familiares, amigos e toda a pacata e trabalhadora população de Pio XII clamam por uma resposta.
Confira alguns dos casos que tramitavam na Justiça contra a vítima clicando aqui